Marque já na sua agenda… Nos dias 24 e 25 de fevereiro, contamos com a sua presença:
(24 de fevereiro – 11:00) Apresentação do livro “Receitas Particulares e Curiosas: Manuscritos do século XIX da família Coelho Villasboas”, de Ana Marques Pereira e Álvaro Teixeira de Queiroz
Local: Sala da Duquesa no Paço dos Duques;
Editor: Ficta Editor;
“Receitas Particulares e Curiosas” reúne a transcrição de dois receituários manuscritos do século XIX pertencentes à família Coelho Villasboas, com raízes em Ponte de Lima e Porto. Sendo constituída por mais de 400 entradas, com extensos comentários de Ana Marques Pereira e muitas fotografias, a obra vem preservar este extraordinário exemplar de uma tipologia de documentos pouco estudada – e menos ainda publicada – em Portugal: os receituários particulares de séculos passados.
(24 de fevereiro – 16:00) Lançamento do livro “A Flora nas coleções do Paço dos Duques de Bragança”, de Sasha Lima
Local: Sala da Duquesa no Paço dos Duques;
Design: OOF;
Editor: Associação de Amigos do Paço dos Duques de Bragança e do Castelo de Guimarães (com a colaboração do Paço dos Duques de Bragança);
“Modos de Ver” foi a designação escolhida para dar nome a uma coleção de livros nos quais se abordará o acervo de peças do Paço dos Duques de Bragança, analisado debaixo de um denominador comum. Este é o segundo livro da coleção e versa a Flora que nos é possível visualizar em algumas das peças do Paço dos Duques.
No conjunto do acervo podemos encontrar um número impressionante de cento e quarenta e duas espécies diferentes de flora, cuja identificação taxonómica vai assinalada no final do livro. Estas cento e quarenta e duas espécies estão disseminadas por dezassete tapeçarias, vinte e uma pinturas e quatro porcelanas. Na impossibilidade de abordar com alguma profundidade todas as espécies, optou-se por dar a conhecer a «história» de trinta e quatro, a saber: açafrão, açucena, açucena-silvestre ou martagão, alcachofra, anémona, calêndula, carvalho, cravo e a cravina, crisântemo, erva-pombinha ou columbina, flor de ameixieira, flor-de-lótus, ginja e cereja, jacinto-dos-bosques, laranjeira, limão, lírio, lírio-do-vale, maçã , melão, morango-silvestre, narciso-trombeta, nespereira-europeia, nevoleiro ou rosa-de-gueldres, olíbano ou incenso, peónia, pêssego, pilriteiro, romã, romãzeira, rosa, trigo, túlipa, uvas e videira, violetas.
O livro, escrito numa linguagem acessível e didática, é composto por 288 páginas e encontra-se profusamente ilustrado com 117 imagens. É um modo diferente de conhecer o acervo museológico do Paço dos Duques e será seguramente um livro para deleite e fruição de todos os que gostam de conhecer a Flora, neste caso a que se encontra representada em diversas obras de arte do acervo do Paço dos Duques de Bragança.
Nota biográfica
Doutorada em Ecologia Evolutiva pela Universidade do Arizona em Tucson, especializou-se nas filogenias de populações vegetais e animais de zonas áridas e semiáridas com trabalhos de investigação nos desertos do Thar, na Índia e Taklamakan, Xinjiang, na China. Investigou igualmente antigos métodos de agricultura e usos alimentares das comunidades humanas dos desertos por onde viajou, com especial interesse pelas práticas da utilização dos fermentos nos alimentos. No aprofundamento do conhecimento sobre a cultura material chinesa e a sua simbologia inerente, fez estudos da língua chinesa no China Institute de Nova Iorque, onde aperfeiçoou o estudo de outras línguas como o mongol e o uigur. Em Portugal, tem divulgado aspetos da representação visual simbólica de espécies animais e da flora a par das suas características científicas, através de publicações e de várias palestras em museus e outras instituições culturais, além da colaboração na organização de exposições. Além dos escritos na área científica, escreve sobre a história do vinho e a diversidade das castas, temas que fazem parte de um livro recentemente publicado A Tríade Mediterrânica.
(24 de fevereiro – 17:30) Inauguração da Exposição temporária de Arte Contemporânea e lançamento do catálogo da exposição “Impressions of Camellia and Lemon”, de Isabel Pavão
Local: Paço dos Duques;
Textos do Catálogo: Isabel Maria Fernandes, Isabel Pavão e Rosa Alice Branco;
Créditos fotográficos do Catálogo: Fátima Carvalho;
Design do Catálogo: Francisco Providência;
Editor do Catálogo: Paço dos Duques de Bragança | Museus e Monumentos de Portugal E.P.E.
A série «Impressions of Camellia and Lemon» (Impressões de Camélia e Limão), é uma exploração visual, profundamente reflexiva, sobre a natureza, infância, beleza, origens ancestrais/memórias. A conexão pessoal com as camélias e limões está ligada às memórias de infância, da pintora sendo uma fonte de inspiração. Estas plantas simbolizam migrações culturais e histórias antigas, refletindo o interesse da artista nas origens ancestrais do Médio Oriente (Síria) e do Oriente (China e Japão). A série também explora símbolos emocionais de amor, tristeza, abundância, sobrevivência, resiliência, esperança e beleza. Este projeto combina uma dimensão histórica/conceptual com uma dimensão emocional/poética, construindo uma narrativa autobiográfica. Contempla a experiência do tempo, explorando o tempo suspenso, momentos «intermediários» e uma viagem através do tempo, transcendendo as fronteiras do passado e do futuro. O tempo é retratado como uma ilusão contextual. Esta série foi concebida desde 2018 até o presente.
Simbolismo e significado, natureza e sustentabilidade, e a perceção do tempo são temas que conectam os contextos históricos da camélia e do limão com a sociedade atual. «Impressões de Camélia e Limão» é um convite para refletir sobre as conexões pessoais com a natureza, a herança cultural e o intrincado tecido das experiências humanas ao longo do tempo, oferecendo uma compreensão mais profunda de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. As vinte e duas pinturas foram disseminadas pelo percurso da exposição permanente do Paço dos Duques, em alguns casos ombreando com a representação de camélias e limões patentes no acervo do Paço dos Duques. É um belo e profícuo diálogo entre o contemporâneo e o ancestral.
Nota biográfica
Isabel Pavão formou-se em Artes Plásticas / Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1984. Obteve uma bolsa do Governo português para investigação e projeto artístico, em Paris, França. Concluiu o Mestrado em Artes / Diplôme d’Études Approfondies Artistiques, na Université Paris VIII – St. Dennis, em 1988 e conduziu pesquisa destinada a doutoramento / Thèse de Troisième Cycle. Com bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Luso-Americana, entre 1990 e 1994 obteve o Doutoramento em Artes, na New York University, em 1994. Vive e trabalha em Nova Iorque desde 1990. Expõe regularmente o seu trabalho nessa cidade e em museus e galerias por todo o mundo. Tem participação ativa e frequente como artista, curadora e como professora convidada em Universidades, Escolas de Arte e Museus. As suas intervenções centram-se na área da Arte Contemporânea, Estética, Pedagogia e em projetos que envolvem o seu próprio trabalho. Foi membro da Direção do Cinema Arts Centre, em Nova Iorque, Conselho Consultivo da Direção do Arte Institute. Membro do Conselho da Diáspora Portuguesa e Presidente do Comité de Arte, Lotos Club em Nova Iorque.
(24 e 25 de fevereiro) “Exposição de Camélias de Guimarães”
Local: Pátio do Paço dos Duques;
Promotor: Câmara Municipal de Guimarães, em parceria com a Associação Portuguesa das Camélias /ICS – Portugal;
Com esta exposição pretende-se divulgar e valorizar o património natural constituído pelas camélias, sendo uma oportunidade para se ficar a conhecer um pouco melhor esta espécie, também conhecida por “rosa japónica” ou “japoneira”, e que é considerada por muitos como a flor mais admirável dos nossos jardins.