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Paço dos Duques

Paço dos Duques

Paço dos Duques: Construção do Século XV

Foi mandado construir pelo oitavo Conde de Barcelos (mais tarde, primeiro Duque de Bragança), D. Afonso, filho ilegítimo do rei D. João I. A sua construção decorreu entre 1420 e 1433 e dever-se-á ter iniciado aquando do segundo casamento de D. Afonso com D. Constança de Noronha.

Julga-se que durante a centúria de Quinhentos o Paço ainda foi utilizado como residência dos Duques de Bragança, tendo depois, paulatinamente, entrado numa fase de abandono e consequente ruína. No século XIX, por altura das invasões francesas, o Paço foi adaptado a Quartel Militar. E, no século seguinte, em pleno regime do Estado Novo, o Paço dos Duques é reconstruído, tendo a intervenção decorrido entre 1937 e 1959.

É inaugurado a 25 de Junho de 1959, ano em que passou a ser Residência Oficial do Presidente da República no Norte do País. As peças que decoram as salas abertas ao público pretendem criar no visitante a ilusão de que está a entrar numa casa habitada. Merecem especial destaque as coleções de tapeçaria, mobiliário, cerâmica, pintura e armaria.

Sabia que… a palavra “Paço” deriva do latim Palatium, nome primitivo da colina palatina, onde Augusto e seus sucessores estabeleceram a sua residência, passando depois a designar a própria habitação do imperador?

As origens do paço medieval, modelo de habitação que desde cedo é comum à nobreza, conjuga a tradição da casa romana (palatiu) e da casa germânica (sala):

Palatiu – habitação nobre, sumptuosa, a qual se distinguia das outras domus romanas pelo maior número de dependências de dimensões acrescidas e pela decoração esplêndida;

Sala – ou aula, dependência de maiores dimensões e a mais importante, servindo para os atos de maior aparato.

Na Língua Portuguesa, a forma mais antiga da palavra “Paço”, em uso a partir do século XIII, era paaço. O vocábulo “Palácio” surgiu apenas a partir do século XVII.