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PD1059

Besta
Autor: Desconhecido
Centro de Fabrico: Índia
Data: Século XVI (GUIMARÃES, A. 1946)
Material: Madeira, aço, marfim e tendões de animais
Dimensões (cm): Comp. 72,5; larg. 62,5; alt. 9
Peso: 3130 g
N.º de Inventário: PD1059 / MAS 310 / A.G. 21

Besta com arco de ferro e cabo de madeira com incrustações de marfim. O cabo alarga na base em forma de coronha. Na extremidade superior tem um gancho de suspensão. Faltam-lhe peças de retenção da corda.

É difícil precisar a origem deste tipo de arma uma vez que vários povos a usaram. No entanto, acredita-se que a besta foi criada na China, muito antes da era cristã. Na Idade Média, o uso da besta aumentou substancialmente e, nos exércitos europeus, era comum os besteiros ocuparem uma posição central de modo a atacarem antes do avanço da cavalaria. Com ela podiam disparar-se flechas (setas, virotes, virotões, etc.), balas de barro, pedras ou bolas de chumbo.

Esta arma, com alcance até 250 metros, foi progressivamente melhorada, nomeadamente para acelerar a recarga de munições e chegou mesmo a coexistir durante muito tempo com as armas de fogo em cenários de guerra.

Por ser uma arma tão mortífera, houve uma primeira tentativa de proibição do seu uso, em 1139, pelo Papa Inocêncio II e, mais tarde, pelo Papa Inocêncio III. Em 1630, o Papa Urbano VIII proibiu o seu uso entre cristãos, permitindo apenas o recurso à besta na guerra contra os “Infiéis”.