Espingarda
Autor: Desconhecido
Centro de Fabrico: Desconhecido
Data: Século XVIII (GUIMARÃES, A. 1946)
Material: Metal e madeira
Dimensões (cm): Alt. 16,5; larg. 9,3; comp. 78
Peso: 3843 g
N.º de Inventário: PD1060 / MAS 408 / A.G. 111
Espingarda com fecharia de pederneira e cano de boca-de-sino. É uma arma curta cujo cano é facetado exteriormente. Tem uma alça de suspensão no cinturão e uma vareta metálica.
Este tipo de arma surgiu no início do século XVII e originou uma expressão usada até hoje: “Bater a Caçoleta” (em linguagem popular, “morrer”). A expressão alude à ação mecânica do disparo. A caçoleta é a parte côncava do mecanismo das armas de pederneira onde se colocava a pólvora.
Com o desenvolvimento da organização da Infantaria, o soldado, à ordem dada para carregar a arma, retirava o cartucho da cartucheira, rasgava o invólucro com os dentes e despejava uma parte da pólvora na caçoleta. A pólvora que restava era despejada no cano da espingarda juntamente com o projétil e comprimida com o auxílio da vareta.
Após acionar o gatilho, o cão movia-se em arco e a pederneira (pedra de sílex), presa à extremidade do cão, raspava no fuzil, provocando faíscas. Estas detonavam a pólvora na câmara de detonação (caçoleta) e acionavam o disparo do projétil.