Maça de Armas
Autor: Desconhecido
Centro de Fabrico: Desconhecido
Data: Século XV (GUIMARÃES, A. 1946)
Material: Madeira, couro e bronze
Dimensões (cm): Comp. 65; Ø 8,4
Peso: 580 g
N.º de Inventário: PD1056 / MAS 290 / A.G. 1
Maça de armas constituída por uma peça oca de bronze de onde irradiam oito lâminas contundentes de aspeto triangular. Está fixada a uma haste de madeira, revestida de pele, cuja base ornada tem um remate em chapa de latão trabalhado.
«As maças surgiram no século XII, tendo a configuração de um cabo cilíndrico, ao qual se achava associada uma cabeça de ferro de formato esférico. Este ‘cacete curto’ tinha grande capacidade ofensiva e era capaz de enfrentar todas as armas, excepto a lança (A. SOLER DEL CAMPO 1993, p. 57). Ao longo dos séculos XIII e XIV, a cabeça da maça de armas tendeu a dilatar-se e a surgir equipada com uma série de grossas ‘puas’ ou ‘facas’, habitualmente de formato triangular, dispostas radialmente. Embora sem a mesma capacidade do que as espadas […] para cortar as defesas adversárias, o abalo que as maças produziam nas defesas do corpo dos inimigos era temível (L. S. BANDEIRA 1993, p. 131). Foi este, aliás, um dos fatores que mais terá estimulado a transição das protecções de malha para as defesas de placas. No Portugal de meados de Quatrocentos, existia uma enorme quantidade de fachas (achas-de-armas) e de maças armazenadas no arsenal de Lisboa […]. Ao mesmo tempo, as maças de armas acabaram por assumir uma importante carga simbólica, sendo iconograficamente representadas em associação a personagens ligadas ao poder e à justiça (A. SOLER DEL CAMPO 1993, pp. 58-59).»
João Gouveia Monteiro in PALMELA 1990