Terrina
Autor: Desconhecido
Centro de Fabrico: Portugal
Data: Século XVIII
Material: Barro
Dimensões (cm): Alt. 25,5; larg. 25,5; comp. 35
N.º de Inventário: PD0140
Acredita-se que esta terrina seja proveniente da Fábrica do Rato (Lisboa). A Real Fábrica foi criada em 1767 para a produção de cerâmica na àrea lisboeta do Rato, daí o nome.
A génese da criação da fábrica advém das medidas protecionistas Pombalinas e, numa primeira fase, a Fábrica especializou-se na produção de modelos luxuosos, alguns dos quais para o próprio Marquês de Pombal.
Numa segunda fase manteve a produção de louça qualificada, maioritariamente de pintura a azul e branco, sendo um exemplo deste fabrico a bela terrina que pertence ao acervo do Paço dos Duques de Bragança.
Peça de luxo, em faiança com pintura a azul sobre fundo branco, foi produzida no último terço do século XVIII e denota boa qualidade de modelo, de pasta e de moldação.
Apresenta forma oval, bojo bulboso, duas asas laterais em batente e base canelada com os centros e os lados vazados, desenhando quatro pés. A tampa, também dotada de corpo bulboso, é rematada por pega em forma de golfinho. É decorada com ramos de rosa e folhagens encontrando-se, junto ao bordo da terrina e da tampa, a designada faixa de Ruão.
A partir de 1818 a Real Fábrica sofreu uma gestão prejudicial, não conseguindo recuperar de crises sucessivas, acabando por encerrar as suas portas em 1835.