Santa Ana ensina Nossa Senhora a ler
Autor: Desconhecido
Centro de Fabrico: Desconhecido
Data: Século XVIII-XIX (?)
Material: Madeira policromada (?)
Dimensões (cm): Alt. 27,5; larg. 12,5; prof. 8,5
Proprietário: Geosil – Empreendimentos Agrosilvícolas, S.A.
N.º de Inventário: PDdep0009
Santa Ana era casada com S. Joaquim. Era mãe da Virgem Maria e avó do Menino Jesus. Pouco se sabe sobre a sua vida mas, segundo alguns historiadores, Santa Ana era da família do sacerdote Aarão enquanto São Joaquim, seu marido, era da família de David. A lenda conta que casou mais duas vezes e teve uma filha de cada um dos casamentos, respetivamente Maria Salomé e Maria de Cleófas. Esta ideia foi rejeitada pelo Concílio de Trento, que considerava as antigas escrituras, referindo que Ana já tinha idade e era estéril.
Apesar da esterilidade de Santa Ana e da idade avançada de São Joaquim, foram abençoados com o nascimento de Maria. Segundo o Proto-Evangelho de Tiago, São Joaquim terá ido ao deserto pedir a Deus por uma criança, surgindo-lhe um anjo que anunciou as boas novas. Pouco tempo depois de regressar a Jerusalém, Santa Ana ficou grávida.
O culto a Santa Ana é muito antigo, tendo-se popularizado sobretudo na Idade Média. Em 1378, o Papa Urbano IV oficializou o seu culto e, em 1584, o Papa Gregório XIII estabeleceu o dia 26 de julho para a sua celebração.
São Joaquim era celebrado noutra data, mas o Papa Paulo VI uniu as duas celebrações.
Santa Ana é a padroeira dos avós, das mulheres com dificuldades em engravidar, das viúvas, dos navegantes, dos marceneiros e dos moedeiros. A sua veneração popularizou-se na Península Ibérica a partir do século XVI quando começaram a aparecer as primeiras Irmandades em sua devoção.