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PD0205

Natureza-Morta com Peixes
Autor: Giuseppe Recco
Centro de Fabrico: Desconhecido
Data: Século XVII
Material: Óleo sobre tela
Dimensões (cm): Alt. 111,7; larg. 148,3
N.º de Inventário: PD0205
(Esta pintura foi restaurada com o apoio mecenático do Colégio do Ave, em Guimarães.)

Esta pintura representa uma natureza morta com peixes. Entre os peixes vêem-se três tinas de cobre, uma contendo água e as outras peixes. O artista introduziu outros elementos, tais como folhas de couve, um espeto de ferro que perfura um dos peixes e o céu, sendo este representado em tons escurecidos, remetendo a passagem da cena para o fim de dia. Na representação dos peixes usa uma paleta de cores vivas e luminosas que contrastam com os restantes elementos, permitindo que os animais fiquem em evidência.

Giuseppe Recco (Nápoles, 1634 – Alicante, 1695), pintor italiano do estilo barroco, é considerado o mais importante pintor de naturezas mortas de Nápoles do século XVII.

Foi com o seu pai, o pintor Giacomo Recco, que aprendeu a pintar, sendo que alguns autores afirmam que também terá sido ensinado pelo tio, o pintor Giovanni Battista Recco. Pintava sobretudo naturezas mortas – cenas de cozinha e de jogos, arranjos de flores, peixes, moluscos e crustáceos, carnes e frutos.

A carreira artística oficial de Giuseppe Recco é marcada por uma série de obras assinadas entre 1664 e 1691, apesar de existirem algumas lacunas (que talvez se devam ao facto de ter vendido as suas obras no mercado livre, dispensando contratos por escrito).

Desde o início da sua atividade, Giuseppe Recco tinha o hábito de assinar ou rubricar, e muitas vezes até datar, as suas pinturas: “Gio Recco”, “Gios. Recco”, “G. Recco” ou “G.R.”. Nos últimos anos de vida, assinou como “EQS RECCO” (o apelido “Eques” corresponde ao título de Cavaleiro). Segundo De Dominici, um historiador de arte italiano, este título está relacionado com o título de Cavaleiro da Ordem de Calatrava que lhe terá sido atribuído. No entanto, segundo estudos mais recentes, a hipótese mais provável é que se trate de um outro título atribuído pela Igreja a artistas.

A sua obra foi bastante apreciada: trabalhou para vários vice-reis espanhóis em Nápoles e, devido à sua grande fama, Carlos II de Espanha chamou-o para a corte de Madrid.