Retrato do Marquês de Pombal
Autor: Desconhecido
Centro de Fabrico: Desconhecido
Data: Desconhecida
Material: Óleo sobre tela
Dimensões (cm): Larg. 71; alt. 93
Proprietário: Museu Nacional Soares dos Reis
N.º de Inventário: MNSR273
Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, foi um político e diplomata português. Pertenceu ao governo entre 1750 e 1777, combinando, na sua gestão, a monarquia absolutista com o racionalismo iluminista.
O Marquês de Pombal frequentou o curso de Direito na Universidade de Coimbra, abandonando os estudos após o primeiro ano. Serviu o exército como cadete durante um curto período, mas como também não se adaptou, abandonou a carreira militar. Apesar de se entregar a uma vida bastante ociosa, dedicou-se ao estudo da história, da política e da legislação.
Quando completou 39 anos iniciou a sua vida pública: em 1738, foi nomeado embaixador de Portugal na corte inglesa e, em 1744, na corte austríaca. Em 1750, com a subida ao trono de D. José, foi nomeado Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, tornando-se o membro mais influente do gabinete. A sua grande capacidade de trabalho e de chefia revelou-se na forma como encarou o trágico terramoto de 1755.
Em 1756, ocupou a Secretaria de Estado dos Negócios Interiores do Reino (cargo homólogo a primeiro-ministro) e organizou o plano de reconstrução urbanística da cidade. Empenhou-se no reforço do poder régio, diminuindo o poder de algumas casas nobres. Em 1759, recebeu o título de 1.º Conde de Oeiras e, em 1769, o de 1.º Marquês de Pombal.
Foi autor de leis que proibiram escravizar índios e acabou com a discriminação dos cristãos novos. Reformou o ensino, anteriormente nas mãos dos Jesuítas, através da adoção de novos métodos pedagógicos e da criação de novas escolas, como o Real Colégio dos Nobres. Reformou a Universidade de Coimbra, o Exército e a Marinha. Reorganizou a administração e as finanças do país. Criou a Imprensa Real e a Escola de Comércio. Ficou conhecido por governar com mão de ferro, fazendo a lei ser aplicada para todas as classes sociais, sem diferença entre os pobres e os nobres.
Contudo, cometeu vários abusos do poder, o que lhe valeu a antipatia e a criação de inúmeros inimigos. Em 1777, com a morte do rei D. José I e a subida ao trono de D. Maria I (opositora à política do Marquês de Pombal), o seu poder ruiu, sendo demitido por decreto-régio. Acusado de abuso de poder e peculato, teve que responder a um inquérito e a um processo judicial que o julgou culpado. A sua idade avançada foi considerada e o marquês apenas foi forçado a abandonar a capital.
Aos 83 anos, faleceu em Pombal, sendo sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Cardal e transladado para a Capela de Nossa Senhora das Mercês (Lisboa), em 1856. Com a implantação da República, o seu túmulo voltou a ser alvo de vandalismo, obrigando a uma nova mudança, em 1923, para a Igreja da Memória (Ajuda, Lisboa).