Horário diário: 10:00 - 18:00

MNAA556

Comunhão de São Jerónimo
Autor: António Manuel Fonseca
Centro de Fabrico: Itália?
Data: Século XVIII-XIX (cópia de obra de Domenico Zampieri do séc. XVI)
Material: Óleo sobre tela
Dimensões (cm): Alt. 460; larg. 298
Proprietário: Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário: MNAA556

Esta pintura representa a comunhão de São Jerónimo, momentos antes da sua morte, testemunhada pelos seus discípulos. No lado esquerdo, em primeiro plano, encontra-se um conjunto de figuras onde se encontra o Santo. Está desnudado, com um pano branco à volta da cintura. Apresenta-se com uma expressão de sofrimento, estando amparado por alguns dos seus discípulos e recebendo a hóstia com fervor. A seus pés, ajoelhada, está Santa Paula beijando-lhe a mão esquerda. No canto inferior esquerdo da tela, está o leão domesticado, um dos seus símbolos iconográficos.

António Manuel da Fonseca (1796-1890)
Natural de Lisboa, é um pintor de referência no panorama da pintura neoclássica portuguesa, representativa do Academismo Romano. Produziu uma vasta obra, desenvolvendo, sobretudo, temas da antiguidade greco-romana, retratos de diversas personalidades e cenas históricas, religiosas e mitológicas. Dedicou‑se também, ocasionalmente, à escultura e à litografia.

Foi discípulo de João Tomás da Fonseca, seu pai, de Joaquim Manuel da Rocha (na Aula de Desenho e de Figura e História) e, finalmente, dos italianos Vincenzo Camuccini e Andrea Pozzi, em Roma.

Reproduziu notáveis cópias da “Transfiguração” de Rafael Sanzio e da “Comunhão de S. Jerónimo” de Domenico Zampieri (ambas expostas no Paço dos Duques), entre outras obras de Rafael, Carlo Dolci, Van Dyck, etc.

Foi nomeado professor de Pintura Histórica na Academia de Belas-Artes, alternando a sua longa carreira entre o ensino do neoclassicismo e a pintura decorativa e expondo regularmente na Academia.

António Manuel da Fonseca, muito apreciado e aclamado no seu tempo, alcançou grandes honras ao longo da sua vida, que se estendeu por quase todo o século XIX. Faleceu com 94 anos, em Lisboa, onde residia. Encontra-se sepultado no Cemitério dos Prazeres (Lisboa).