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PD0362

Gomil
Autor: Desconhecido
Centro de Fabrico: Desconhecido
Data: Século XVII
Material: Estanho
Dimensões (cm): Alt. 25,5; Ø 10
N.º de Inventário: PD0362

Objeto com a forma de um jarro de bojo estreito, com asa de sereia estilizada, igual ao usado nos atos litúrgicos (cinzas, distribuição dos ramos, lava-pés na Quinta-feira Santa e batismo) para verter a água das abluções durante a missa. O gomil (contentor de líquido) e a lavanda (contentor da água que se derramava) formam um conjunto, utilizado quer na liturgia religiosa quer em âmbito profano. O ritual de lavagem das mãos marcava o início das refeições, mas ia-se repetindo ao longo desta, pois as mãos sujavam-se em contacto com os alimentos. Nos últimos tempos, lavar as mãos tornou-se uma das tarefas quotidianas realizadas mais frequentemente. No entanto, já na Idade Média, “dar água às mãos”, antes e depois de cada refeição, era um ritual extremamente importante.

«Servidores traziam justas e gomis, de prata ou de outro metal consoante a abastança da mesa, e bacias grandes, sobre as quais se colocavam as mãos. […] Limpavam-se as mãos a napeiras ou toalhas mais pequenas.»
A. H. de Oliveira Marques in “A Sociedade Medieval Portuguesa, Aspectos de Vida Quotidiana”