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PD1165

Terrina
Autor: Desconhecido
Centro de Fabrico: Desconhecido
Data: Século XIX
Material: Cobre esmaltado (cloisonné)
Dimensões (cm): Alt. 28; Ø 41,5
Proprietário: Museu Nacional Machado de Castro
N.º de Inventário: MNMC6087

Terrina de contorno circular, com duas asas e tampa rematada por pega esferoide. Apresenta uma extraordinária composição de faixas coloridas, em socalcos concêntricos e em tons de verde, azul e rosa. O corpo do recipiente, que assenta em três pés, é ricamente decorado com aves e motivos vegetalistas.

Nesta terrina é utilizada a técnica de Cloisonné, termo que provém da palavra de origem francesa ‘cloison’ (divisória / compartimento), uma antiga técnica decorativa usada em objetos metálicos (geralmente em cobre). Admite-se que tenha surgido como solução alternativa e vistosa ao dispendioso processo de adorno de peças de metal (ouro, prata, cobre e bronze) com pedras preciosas e semipreciosas.

Neste processo técnico são utilizados fios ou placas metálicas (de ouro, prata ou outro), soldados perpendicularmente à superfície metálica do objeto, formando vários compartimentos de acordo com uma trama decorativa pré-definida. Dentro desses compartimentos são colocados pedaços de esmalte coloridos, fortemente comprimidos, levados depois ao forno e finalmente polidos, até se obter o acabamento desejado.

Esta técnica, que teve origem no Próximo Oriente, foi levada para a China no século XIV pelo Império Bizantino, onde se popularizou nos séculos seguintes. O gosto ocidental pela decoração chinesa que se desenvolveu no século XVII teve como consequência a importação para o ocidente de grandes quantidades de objetos cloisonné de fabrico chinês.