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PD1120

Teliz com aplicação das Armas de Pindela
Autor: Desconhecido
Centro de Fabrico: Desconhecido
Data: Século XIX
Material: Lã e algodão
Dimensões (cm): Alt. 130; larg. 155
N.º de Inventário: PD1120

Já na antiga Assíria (atual norte do Iraque), aproximadamente no ano 700 a. C, se utilizava uma cobertura sobre o cavalo, comummente decorada e presa por uma cinta ou corda para proteger o cavaleiro.

O teliz, pano de aparato usado nas montadas de pessoas de estatuto social elevado, podia ser personalizado – tendo o nome do cavalo, o nome do seu proprietário ou outros elementos – tal como demonstra este exemplar que possui o escudo de armas da Casa de Pindela (Casa Nobre do concelho de Vila Nova de Famalicão).

2.º Visconde de Pindela

Vicente Pinheiro Lobo Machado de Melo e Almada – 13.º Representante do Morgadio e 2.º Visconde de Pindela.

Nasceu em Guimarães, na Casa do Proposto, a 23 de Abril de 1852, e viria a falecer na sua casa de Pindela a 14 de Abril de 1922. Era filho de João Machado Pinheiro Correia de Melo, e da sua segunda esposa D. Eulália Estelita de Freitas Rangel de Quadros.

Herdou o título e a casa de Pindela, através da doação feita por seu pai, 1.º Visconde de Pindela «doação da nua propriedade da casa em 1885» (Machado, 1999:34), localizada na Freguesia de S. Tiago da Cruz, pertencente ao Concelho de V. N. Famalicão.

Formou-se em direito pela Universidade de Coimbra decorria o ano de 1879, sendo que, em Novembro desse mesmo ano é nomeado governador da Província de S. Tomé e Príncipe, onde permaneceu até Dezembro de 1881. Trata-se do início da sua longa e diversificada carreira pública e diplomática.

Regressa definitivamente a Pindela, onde viria a terminar os seus dias de vida, vitimado por uma congestão cerebral. Está sepultado em S. Tiago da Cruz.

Na Casa de Pindela recebeu grandes personalidades da cultura, da política e da diplomacia da época, destacando-se alguns dos ilustres membros do grupo dos «Vencidos da Vida», como Eça de Queirós, Ramalho Ortigão e o Conde de Ficalho. Seu amigo, o poeta e diplomata António Feijó foi um dos assíduos visitantes de Pindela.

Agraciado com várias condecorações: nomeado em 1898 “Par do Reino”, Comenda da “Águia Vermelha” – por parte de Guilherme II da Alemanha, em visita oficial; Grã-Cruz da Ordem de Cristo – D. Carlos em 12 de Maio de 1902; etc.

Para além de genealogista e escritor de relevo, o 2.º Visconde Pindela manifestava grande interesse pelo coleccionismo, sobretudo de gravuras e armas. E terá sido deste gosto e interesse que reuniu uma importante colecção de armas. Destas faziam parte armas brancas e de fogo compreendidas entre os séculos XV-XIX, portuguesas e estrangeiras.