Pote Sentinela
Autor: Desconhecido
Centro de Fabrico: China
Data: c.1760 (Dinastia Qing, período de Qianlong)
Material: Porcelana
Dimensões (cm): Alt. 133,6; Ø 52,7
N.º de Inventário: PD0490
Um de dois potes com tampa, de grande envergadura, denominados “Potes de Sentinela”, sendo revestidos exteriormente com azul “soprado” sobre o vidrado. Ainda é possível vislumbrar ténues vestígios e sombras de aplicação de ouro, indiciando ter existido uma densa decoração floral, numa aproximação ao brocado têxtil.
Julga-se que a função dos potes sentinela seria decorar o interior dos palácios, ladeando os vãos de acesso aos salões, substituindo os homens que aí costumavam estar como “sentinelas ou guardas de honra”. Ou seja, os potes substituem os homens, mas ficam-lhe com o nome – sentinelas! Outra versão para a denominação de “Potes sentinela”, parece ter origem numa troca algo insólita de bens, entre Augusto o “Forte”, eleitor da Saxónia e rei da Polónia, e Guilherme I da Prússia. Augusto troca um regimento de homens bem preparado militarmente e com garboso porte físico, por 151 peças de porcelana oriental que se encontravam nos palácios de Charlottenburg e Oranienburg. Entre estas marcavam presença 48 grandes potes com tampa, em azul e branco, os quais, pelo seu porte, foram comparados aos militares, adquirindo assim o nome com que ainda hoje são frequentemente designados.